Eu ainda não tinha dito uma palavra, mas eles já estavam ansiosos para jogar a culpa de traição nas minhas costas. Era impressionante como eles conseguiam ser tão unidos quando se tratava de me acusar.

Antes que eu pudesse falar algo, Caio soltou uma risada fria e disse exatamente o que eu estava pensando:

— Daisy acabou de ser empurrada da escada, e vocês nem se deram ao trabalho de perceber ou se preocupar. Mas eu estendi a mão para segurá-la, e agora vocês estão aqui, prontos para culpá-la. Quem não sabe da história, pensaria que ela é a inimiga de vocês. Ser da mesma família que gente cega e de coração sujo como vocês é realmente um prejuízo para Daisy.

Ele baixou o olhar para mim, seus olhos cheios de uma mistura de compaixão e desdém pelo restante das pessoas na sala.

Eu não consegui segurar um pequeno riso. A língua afiada de Caio nunca decepcionava. Os outros ficaram sem palavras, e a expressão de Yarin começou a ficar visivelmente desconfortável.

Yarin tentou forçar um sorriso