Agnes Assis De Mourão, uma artista de 22 anos, finalmente consegue alcançar a primeira etapa de seus sonhos no deslumbrante Hotel Lótus Supreme em Itapimba. Mas jornada não será fácil! Entre os desafios de provar seu talento à família e lidar com uma recepcionista hostil, ela se vê atraída por um salva-vidas misterioso que parece saber e ser mais do que aparenta. Enquanto o hotel enfrentar uma crise, Agnes terá que usar toda sua criatividade, talento e coragem para salvar seu sonho. Prepare-se para uma história repleta de arte, amor e muitas surpresas! O palco está montado, as cortinas começam a se abrir... E esse será um espetáculo que ela jamais esquecerá.
Leer másCapítulo 1: Grandes Noticias
Agnes Assis de Mourão estava a poucos passos de um novo capítulo de sua vida. Com apenas 22 anos, sua nova jornada parecia um sonho tornado realidade e, ao mesmo tempo, uma infinidade de desafios a enfrentar. Com a mala nas mãos, cheia de roupas coloridas e canetas variadas para esboçar suas ideias, ela respirou fundo e lembrou de quando recebeu o e-mail de confirmação de sua aprovação no programa de estágios mais famoso do país.[Flashback ON] A jovem se jogou sobre sua cama já sem ar. Após um dia inteiro de entrega de currículos, seus músculos estavam em uma situação sólida latejante, mas imploravam para simplesmente deixá-los ir. A respiração cansada vinda de um peito pesado que precisava de mais oxigênio e olhos piscantes cada vez mais lentos. Porém, seu descanso foi interrompido pelo grito da mãe para ir jantar. Com um suspiro pesado, a garota saiu do quarto como um morto-vivo se pendurando nas paredes e foi até a cozinha para se juntar à sua mãe e irmão. “Cruzes! Oque aconteceu contigo? O lixeiro te esqueceu aqui, foi?” Samuel recebeu um pano de prato como resposta. “Óia, que o saco preto tá bravo!” “Para, garoto! Vai ver se eu ‘tô na esquina, vai!” Depois de ser imitada silenciosamente pelo irmão, a garota pediu ajuda à figura de maior autoridade alí. “Oh, mãe! Olha o teu filho me incomodando!” “Ah, o teu irmão?” Ela franziu os lábios tentando não rir. “É, o teu filho!” “E ele não é nada teu, não?” A mais nova deu de ombros e ficou em silêncio enquanto o irmão mais velho a vaiava sem som e, ela devolvia com a língua de fora. “Eu vi isso! Agora, fiquem quietos e comam logo!” “Ué, ou a gente fica quieto...” O homem começou, deixando a irmã concluir. “Ou a gente come. Os dois não dá!” Pôs o próprio prato sorrindo brincalhona. “Ahh, agora fizeram as pazes, né!” Sorriu discretamente fazendo os dois rirem. “Mas como foi hoje, Agnes? Acha que vão te chamar?” “Sei lá, mãe, fui só entregar currículo.” Deu de ombros um pouco caidinha. “Ah, esses negócios demoram mesmo, mãe!” Samuel tentou ajudar, pois sabia a pressão que sua irmã sentia ao falar sobre o assunto. “E o pessoal das entrevistas, deram as respostas?” Perguntou curioso. “Dois deram e não parece que foi muito bom...” Arrastou seu purê mais à frente no prato e retornou sempre repetindo os movimentos. “Como assim não foi bom? O que eles disseram exatamente?” Questionou a mãe já angustiada pela imagem da filha à sua frente. “Ah! Escreveram que foi um prazer me conhecer, mas que não me encaixo no perfil. E outro que, se abrir alguma vaga com o meu perfil, eles me chamarão novamente.” Sorriu fraco na intenção de acalmar a mãe. “Hm... Essas coisas acontecem, amore.” A mulher mais velha colocou um pouco mais de espinafre no prato da filha e prosseguiu como se não quisesse nada. “Então, a tua tia Ilda comentou que tem uma colega no trabalho dela precisando de uma diarista pra ir umas duas vezes na semana.” Concluiu, deixando a garota ainda mais retraída. “O quê? O que foi? É tão horrível assim o trabalho? Tem vergonha do sustento da sua mãe agora?” Exclamou Dona Menina já magoada, deixando os filhos mais alertas. “O quê? De onde a senhora tirou isso, mãe?” Sem resposta. “Desde quando eu sequer demonstrei algo do tipo para a senhora ou qualquer um?” Apenas deu de ombros e um suspiro foi ouvido. Seu irmão, que observava tudo de canto de olho enquanto comia, decidiu dar só mais um empurrãozinho. “Ela vai fazer o que na casa dos outros se não limpa nem o próprio quarto?” Mais um pano de prato na cara e uma revirada de olhos como devolução. “Tô tentando te ajudar, trouxa!” Riu antes de mais uma garfada de comida. “É, isso é verdade.” A jovem senhora concordou com o filho rindo da expressão exageradamente ofendida da filha. “Nem me olhe assim! Qualquer dia vou entrar com saco preto naquele quarto e vou mandar tudo embora!” Ameaçou em tom brincalhão. “Tá, tanto faz! Mas, continuando...” Revirou os olhos ainda no clima leve antes de retornar ao assunto anterior. “Eu realmente não acho uma boa ideia, mãe. Não agora.” Sorriu leve e cheio de sinceridade. “Tudo bem, faça o que quiser. Mas, vou pedir para segurarem a vaga pra você e se ninguém te chamar... Aí tu vai ligar pra sua tia avisando que vai querer a vaga, estamos entendidas?” Ela disse tentando permanecer séria enquanto via seu sorriso se alargar e sentir os braços na mesma junto com um gritinho de agradecimento. “Estou falando sério, Agnes! Você não nasceu herdeira, viu?” A garota riu uma última vez antes de verificar seus e-mails. “É? E a culpa é de quem?” Ela provocou enquanto desbloqueava a tela e entrava no aplicativo. “Sua! Quem mandou escolher o útero errado?” Agnes sorriu revirando os olhos antes de localizar a mensagem que mudaria sua vida e assustou todos à mesa com seu grito eufórico.Agnes Assis de Mourão estava a poucos passos de um novo capítulo de sua vida. Com apenas 22 anos, sua nova jornada parecia um sonho tornado realidade e, ao mesmo tempo, uma infinidade de desafios a enfrentar. Com a mala nas mãos, cheia de roupas coloridas e canetas variadas para esboçar suas ideias, ela respirou fundo e lembrou de quando recebeu o e-mail de confirmação de sua aprovação no programa de estágios mais famoso do país.
[Flashback ON]
A jovem se jogou sobre sua cama já sem ar. Após um dia inteiro de entrega de currículos, seus músculos estavam em uma situação sólida latejante, mas imploravam para simplesmente deixá-los ir. Era como se cada fibra do seu corpo clamasse por descanso, por um momento de paz e silêncio. A respiração cansada vinda de um peito pesado que precisava de mais oxigênio e olhos piscantes cada vez mais lentos. Porém, seu descanso foi interrompido pelo grito da mãe para ir jantar. Com um suspiro pesado, a garota saiu do quarto como um morto-vivo se pendurando nas paredes e foi até a cozinha para se juntar à sua mãe e irmão. A cada passo, um gemido silencioso escapava de seus lábios. Aquele dia tinha sido uma maratona exaustiva de esperanças e decepções.
“Cruzes! O que aconteceu contigo? O lixeiro te esqueceu aqui, foi?” Samuel recebeu um pano de prato como resposta. “Óia, que o saco preto tá bravo!” O garoto gargalhou, desviando do ataque iminente com uma agilidade surpreendente. Ele adorava provocar a irmã, mas sabia dos limites.
“Para, garoto! Vai ver se eu ‘tô na esquina, vai!” Depois de ser imitada silenciosamente pelo irmão, a garota pediu ajuda à figura de maior autoridade ali. “Oh, mãe! Olha o teu filho me incomodando!” Agnes sentia que estava prestes a explodir. Aquele dia já tinha sido difícil o suficiente, e as provocações do irmão só pioravam a situação.
“Ah, o teu irmão?” Ela franziu os lábios tentando não rir. Dona Menina adorava ver os filhos interagindo, mesmo que fosse em meio a provocações e discussões. Era a prova de que a família permanecia unida, mesmo diante das dificuldades.
“É, o teu filho!” Agnes insistiu, com um tom de voz levemente irritado. Ela precisava de um momento de paz, de um respiro antes de enfrentar o jantar e as perguntas inevitáveis sobre os currículos.
“E ele não é nada teu, não?” A mais nova deu de ombros e ficou em silêncio enquanto o irmão mais velho a vaiava sem som e, ela devolvia com a língua de fora. “Eu vi isso! Agora, fiquem quietos e comam logo!” Dona Menina repreendeu os filhos com um tom de voz firme, mas com um sorriso nos lábios. Ela sabia que precisava manter a ordem, mas também não queria reprimir a alegria e a espontaneidade dos filhos.
“Ué, ou a gente fica quieto…” O homem começou, deixando a irmã concluir. Samuel adorava brincar com as palavras, criando jogos e rimas que divertiam a todos.
“Ou a gente come. Os dois não dá!” Pôs o próprio prato sorrindo brincalhona. Agnes, por sua vez, adorava entrar na brincadeira, completando as frases do irmão e criando um ritmo divertido e contagiante.
“Ahh, agora fizeram as pazes, né!” Sorriu discretamente fazendo os dois rirem. “Mas como foi hoje, Agnes? Acha que vão te chamar?” Dona Menina perguntou, com um tom de voz preocupado. Ela sabia o quanto aquele estágio significava para Agnes e não queria vê-la frustrada.
“Sei lá, mãe, fui só entregar currículo.” Deu de ombros um pouco caidinha. Agnes tentava não criar expectativas, mas era difícil. Aquele estágio era a sua chance de realizar seus sonhos e de mostrar ao mundo o seu talento.
“Ah, esses negócios demoram mesmo, mãe!” Samuel tentou ajudar, pois sabia a pressão que sua irmã sentia ao falar sobre o assunto. “E o pessoal das entrevistas, deram as respostas?” Perguntou curioso. Ele torcia pela irmã e queria saber se havia alguma novidade.
“Dois deram e não parece que foi muito bom…” Arrastou seu purê mais à frente no prato e retornou sempre repetindo os movimentos. A comida já não tinha o mesmo sabor. A cada garfada, a esperança diminuía.
“Como assim não foi bom? O que eles disseram exatamente?” Questionou a mãe já angustiada pela imagem da filha à sua frente. Dona Menina não suportava ver a filha triste e se sentia impotente diante da situação.
“Ah! Escreveram que foi um prazer me conhecer, mas que não me encaixo no perfil. E outro que, se abrir alguma vaga com o meu perfil, eles me chamarão novamente.” Sorriu fraco na intenção de acalmar a mãe. Agnes tentava ser forte, mas a decepção era inevitável.
“Hm… Essas coisas acontecem, amore.” A mulher mais velha colocou um pouco mais de espinafre no prato da filha e prosseguiu como se não quisesse nada. “Então, a tua tia Ilda comentou que tem uma colega no trabalho dela precisando de uma diarista pra ir umas duas vezes na semana.” Concluiu, deixando a garota ainda mais retraída. Agnes sentiu o estômago embrulhar. A ideia de trabalhar como diarista a fazia sentir-se ainda mais frustrada.
“O quê? O que foi? É tão horrível assim o trabalho? Tem vergonha do sustento da sua mãe agora?” Exclamou Dona Menina já magoada, deixando os filhos mais alertas. Ela não entendia a reação da filha e se sentia ofendida.
“O quê? De onde a senhora tirou isso, mãe?” Sem resposta. “Desde quando eu sequer demonstrei algo do tipo para a senhora ou qualquer um?” Apenas deu de ombros e um suspiro foi ouvido. Agnes tentava explicar, mas as palavras pareciam se perder no ar.
Seu irmão, que observava tudo de canto de olho enquanto comia, decidiu dar só mais um empurrãozinho. Samuel era mestre em transformar situações tensas em momentos de leveza e humor.
“Ela vai fazer o que na casa dos outros se não limpa nem o próprio quarto?” Mais um pano de prato na cara e uma revirada de olhos como devolução. “Tô tentando te ajudar, trouxa!” Riu antes de mais uma garfada de comida.
“É, isso é verdade.” A jovem senhora concordou com o filho rindo da expressão exageradamente ofendida da filha. Dona Menina não resistiu e caiu na gargalhada. Aquele era o tempero da família, a capacidade de rir das próprias desgraças.
“Nem me olhe assim! Qualquer dia vou entrar com saco preto naquele quarto e vou mandar tudo embora!” Ameaçou em tom brincalhão. Dona Menina adorava provocar a filha, mas sempre com carinho e amor.
“Tá, tanto faz! Mas, continuando…” Revirou os olhos ainda no clima leve antes de retornar ao assunto anterior. “Eu realmente não acho uma boa ideia, mãe. Não agora.” Sorriu leve e cheio de sinceridade. Agnes queria deixar claro que não era por desprezo ao trabalho, mas sim por acreditar que merecia uma chance de seguir seus sonhos.
“Tudo bem, faça o que quiser. Mas, vou pedir para segurarem a vaga pra você e se ninguém te chamar… Aí tu vai ligar pra sua tia avisando que vai querer a vaga, estamos entendidas?” Ela disse tentando permanecer séria enquanto via seu sorriso se alargar e sentir os braços na mesma junto com um gritinho de agradecimento. “Estou falando sério, Agnes! Você não nasceu herdeira, viu?” A garota riu uma última vez antes de verificar seus e-mails.
“É? E a culpa é de quem?” Ela provocou enquanto desbloqueava a tela e entrava no aplicativo. Agnes adorava provocar a mãe, mas sempre com respeito e admiração.
“Sua! Quem mandou escolher o útero errado?” Agnes sorriu revirando os olhos antes de localizar a mensagem que mudaria sua vida e assustou todos à mesa com seu grito eufórico. O grito foi tão alto que fez os vizinhos se assustarem.
O celular tremia em suas mãos, o corpo inteiro tomado por uma onda de adrenalina. "Parabéns, Agnes Assis de Mourão! Você foi selecionada para o programa de estágio do Hotel Lótus Supreme!" As palavras dançavam na tela, vibrantes e impossíveis de acreditar. Era real? Aquilo era realmente real?
Agnes releu o e-mail, linha por linha, para ter certeza de que não estava alucinando. O Hotel Lótus Supreme, o mais renomado do país, a joia da costa, o palco dos sonhos de todo artista iniciante. Ela, Agnes, uma garota de um bairro modesto, havia sido escolhida.
Um novo grito, ainda mais estridente, ecoou pela cozinha, seguido por um salto que quase derrubou a mesa. Dona Menina e Samuel se entreolharam, confusos e preocupados. Agnes corria em círculos, gargalhando e chorando ao mesmo tempo, um turbilhão de emoções impossível de conter.
"Eu consegui! Eu consegui! Mãe, Samuel, eu consegui!" Ela gritava, abraçando os dois com força, as lágrimas molhando seus rostos.
"Calma, menina! O que foi que aconteceu?", Dona Menina perguntou, ainda tentando entender a explosão de alegria da filha.
"Me chamaram para o estágio, mãe! No Hotel Lótus Supreme! Eu vou trabalhar lá!" Agnes respondeu, a voz embargada pela emoção.
O silêncio se instalou na cozinha por alguns segundos, seguido por um abraço coletivo que expressava todo o amor e orgulho daquela família. Dona Menina apertava a filha com força, as lágrimas escorrendo livremente pelo rosto. Samuel, por sua vez, sorria abertamente, radiante pela conquista da irmã.
"Eu sabia que você ia conseguir, Panaca! Você é talentosa demais para passar despercebida", Samuel disse, com um tom de voz emocionado.
"Estou tão orgulhosa de você, minha filha. Você merece toda a felicidade do mundo. Só não tenha muitas esperanças, possivelmente só irão ficar pelo tempo de estágio e depois te botar pra fora. Esses lugares chiques sempre são os mais mãos de vaca!", Dona Menina completou, beijando a testa de Agnes, fazendo-a revirar os olhos.
A noite seguiu em festa, com champanhe barato e muita conversa. Agnes contava os detalhes do e-mail, repetindo as informações sobre o estágio e planejando os próximos passos. Dona Menina e Samuel ouviam atentamente, vibrando com cada palavra e oferecendo apoio e conselhos.
Mas, em meio à euforia, um pequeno ponto de interrogação pairava na mente de Agnes. O Hotel Lótus Supreme era conhecido por sua excelência e exclusividade, e ela se perguntava se estaria à altura do desafio. Será que ela seria capaz de se adaptar ao ambiente sofisticado e competitivo do hotel? Será que seus sonhos seriam realmente realizados ou se transformariam em pesadelos?
Essas dúvidas, porém, não eram capazes de apagar a alegria daquele momento. Agnes estava determinada a aproveitar ao máximo a oportunidade, a dar o seu melhor e a mostrar ao mundo o seu talento. Ela sabia que o caminho seria difícil, mas estava disposta a enfrentar todos os obstáculos para realizar seus sonhos. Afinal, ela era Agnes Assis de Mourão, e ela havia sido escolhida para brilhar no Hotel Lótus Supreme. O começo de uma nova vida, o início de uma jornada inesquecível. E ela estava pronta para abraçar o futuro de braços abertos. O sucesso a aguardava. Ela podia sentir.
Lembrar disso a fazia sorrir, ainda parecia um sonho, mas um que a jovem jamais desistiria. Principalmente se soubesse do que estar por vir. Mal sabe ela que os desafios serão totalmente diferentes dos quais está acostumada.
Capítulo 55: Aliança InesperadaA escuridão da noite abafava Itapimba, uma capa densa que pairava sobre as ondas sussurrantes do mar. No coração do Hotel Lótus Supreme, Marcos vagava pelo corredor iluminado pela luz fraca, a sombra da incerteza dançando em seu rosto. A revelação do envolvimento de Sebastião em negócios perigosos havia lançado uma teia de apreensão sobre todos, mas a recusa de Agnes em envolver César adicionava uma camada extra de complexidade. Ele precisava convencer César, e rápido.Marcos parou em frente à porta desgastada que dava para a pequena quitinete que César agora ocupava. Depois de anos de caos, César parecia ter encontrado um mínimo de paz, trabalhando na oficina local, consertando pranchas de surf e tentando reconstruir uma vida destruída por escolhas passadas. Mas Marcos sabia que debaixo daquela fachada de homem redimido, ainda residia o espírito implacável que o havia atormentado por tanto tempo.Respirando fundo, Marcos bateu na porta. O som ecoou pel
Capítulo 54: Aliança InesperadaA noite caía sobre Itapimba, tingindo o céu de tons púrpura e laranja. Agnes, sentada na varanda do Lótus Supreme, observava as ondas quebrando na praia, tentando encontrar paz em meio à turbulência de seus pensamentos. A decisão de cortar laços com Sebastião pesava sobre seus ombros como um fardo, mas ela sabia que era a escolha certa.Marcos se aproximou, sentando-se ao seu lado. Ele sabia que Agnes precisava de tempo para processar tudo o que havia acontecido, mas também sabia que eles não podiam baixar a guarda. A ameaça representada por Sebastião era real, e eles precisavam se preparar para o pior."Eu estava pensando," Marcos começou, a voz cautelosa. "Talvez devêssemos procurar ajuda."Agnes franziu a testa, confusa. "Ajuda? De quem, Marcos? A polícia?""Não necessariamente," Marcos respondeu, hesitante. "Eu estava pensando em… César."O nome de César soou como um trovão em meio à calmaria da noite. Agnes arregalou os olhos, incrédula. "César? Vo
Capítulo 53: Desconfianças e DecisõesA brisa morna da manhã invadia o quarto, dissipando os últimos resquícios da noite mal dormida. Agnes despertou com uma sensação de peso no peito, a imagem do rosto enrugado de Sebastião ainda fresca em sua mente. O perdão que ela buscava conceder parecia escorrer por entre os dedos, transformado em areia movediça.Marcos, ao seu lado, a observava com ternura. Ele sabia que a noite havia sido difícil, que as engrenagens da mente de Agnes giravam incessantemente, tentando encontrar uma saída para o labirinto emocional em que se encontrava."Bom dia," ele sussurrou, beijando-lhe a testa. "Como você está se sentindo?"Agnes suspirou, sentando-se na cama. "Confusa, Marcos. Muito confusa. Eu quero perdoar, eu preciso perdoar para seguir em frente. Mas… eu não consigo confiar nele. Algo me diz que há mais coisas escondidas por trás dessa história toda."Marcos assentiu, a seriedade marcada em seu rosto. "Eu entendo, meu amor. E você tem todo o direito d
Capítulo 52: Reencontro TurbulentoO vento salgado de Itapimba sussurrava segredos ao redor de Agnes enquanto ela caminhava pelas ruas familiares, rumo ao Café das Flores. Cada passo era um eco de sua jornada, desde a menina assustada que chegou à cidade até a mulher forte e realizada que era agora. A carta de Sebastião, seu pai biológico, queimava em sua mente como uma brasa incandescente. Depois de anos de silêncio, o pedido de redenção soava falso, quase como uma nota desafinada em uma melodia perfeita.Marcos apertou sua mão antes que ela entrasse no café. Seus olhos, calmos e cheios de amor, eram um porto seguro em meio à tempestade que se anunciava. "Lembre-se, Agnes, você não precisa fazer nada que não queira. Apenas ouça e confie em seus instintos."Agnes respirou fundo, buscando força nas palavras de Marcos, e adentrou o café. Aquele lugar, com suas paredes coloridas e aroma convidativo de café fresco, era um dos seus refúgios. No entanto, naquele momento, a atmosfera parecia
Capítulo 51: Sombras do PassadoDez anos haviam se passado desde os dias sombrios da corrupção, da facada no escritório, da prisão de Cristina e da dolorosa descoberta sobre Érico. Dez anos de reconstrução, de superação e, acima de tudo, de amor. Dez anos que transformaram Agnes e Marcos em pilares da comunidade de Itapimba, em sinônimos de esperança e renovação.O Hotel Lótus Supreme, outrora manchado pela desconfiança, brilhava agora com uma nova luz. As políticas de transparência e inclusão, implementadas por Agnes e Marcos, haviam transformado o ambiente de trabalho, criando um espaço onde todos se sentiam valorizados e respeitados. Os hóspedes, seduzidos pela beleza do local e pela aura de positividade que emanava do hotel, retornavam ano após ano, transformando-se em verdadeiros embaixadores do Lótus Supreme.Mas o maior orgulho de Agnes era, sem dúvida, o projeto comunitário que ela e Marcos haviam criado. O programa de cursos profissionalizantes e oficinas de arte havia se tor
Capítulo 50: O Projeto Comunitário (Parte 2)O sol despontava no horizonte de Itapimba, tingindo o céu com pinceladas de rosa e dourado, e a energia pulsante da comunidade já se fazia sentir. A pequena casa de madeira, palco da reunião que selara o compromisso entre o Lótus Supreme e a população local, agora se transformava em um centro vibrante de aprendizado e transformação. O projeto comunitário, antes uma promessa distante, finalmente ganhava vida, impulsionado pela paixão de Agnes e Marcos e pela esperança renovada dos moradores.A primeira etapa do projeto consistiu na oferta de cursos profissionalizantes e oficinas de arte, atividades que visavam capacitar a população local, oferecendo-lhes novas habilidades e oportunidades de geração de renda. A procura foi surpreendente: dezenas de pessoas, de todas as idades e origens, se inscreveram nos cursos, ávidas por aprender e transformar suas vidas.Agnes, com sua criatividade e seu talento nato para as artes, assumiu a coordenação d
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