A manhã avançava devagar, como se o tempo estivesse em conluio com o universo para não interromper o momento entre os dois. A cozinha ainda cheirava a café fresco, e as pantufas de panda descansavam perto da porta, como sentinelas de um sentimento que acabava de florescer.
Helen e Ethan estavam abraçados junto à bancada, os corpos colados num encaixe natural, como se tivessem feito isso a vida toda. Ele brincava com uma mecha do cabelo dela, enrolando no dedo com distração, enquanto desenhava círculos com o dedo sobre o peito dele, onde o botão da camisa ainda estava aberto.
— Ethan… — ela começou, com a voz baixa — sobre a viagem…
Ele não respondeu de imediato. Apenas deslizou os dedos até o queixo dela e a fez olhar em seus olhos.
— Eu quero que você vá comigo. Quero que você vá como… você. A mulher que me faz rir, que me faz pensar, e que me faz… — ele suspirou, pressionando a testa contra a dela —… ficar nervoso como um adolescente quando acorda com a mão dela no lugar errado.
Hel