A sessão de filmes seguiu entre risadas, comentários debochados e olhares cada vez mais demorados. Helen, ainda aninhada no peito de Ethan, havia trocado as pantufas pelo cobertor de elefante e agora estava encolhida entre as almofadas, com os olhos pesando de sono.
— Se eu dormir aqui… você me joga no corredor? — ela murmurou, já meio sonolenta.
— Claro que não, chatinha. Só se você roncar.
— Eu não ronco.
— Veremos.
Ela deu um tapa leve no ombro dele e riu. Ethan passou a mão por seus cabelos mais uma vez, e foi o último movimento antes do silêncio vencer.
Minutos depois, os dois dormiam abraçados no sofá, cobertos até o pescoço, com as pernas entrelaçadas, o cobertor escorregando preguiçosamente pelo chão. A chuva continuava lá fora, como trilha sonora do que estava se tornando um tipo de intimidade que não precisava de palavras.
Manhã seguinte…
A luz dourada da manhã filtrava-se pelas frestas da cortina. A sala estava em silêncio, exceto pelo som suave da respiração de dois corpos