Miranda Fletcher
O sol queimava a minha pele como se me punisse, como se soubesse que dentro de mim havia um inferno. Um incêndio que não se apagava. Um ódio que me consumia como ácido.
Eu saí daquela maldita cafeteria com os passos firmes, os saltos batendo no chão como marteladas. A raiva deixava meus dedos trêmulos, mas não de fraqueza, de fúria. De uma raiva limpa, crua, sangrenta.
As pessoas me olhavam, claro. Sempre olham. Talvez pelas lágrimas que desciam, talvez pelo meu andar tempestuoso. Mas que se danem. Elas não sabem. Ninguém sabe. Ninguém entende o que é ter tudo roubado. O que é ser apagada por alguém que finge brilhar com pureza, mas carrega as garras bem afiadas atrás do olhar submisso.
Helen Bennett.
O nome dela me arde nos ossos.
Essa mulher… essa sombra de mulher… sempre cruzando meu caminho, sempre sorrindo com aquela cara de santa. Fingida. Frágil. Mas por trás daquela pose doce, existe uma predadora. Uma parasita.
Ela sempre rouba, sempre.
Ela me tirou James e