Ao entrar na casa, Ethan foi engolido por um silêncio pesado, denso, quase opressor. Não era o tipo de silêncio calmo, confortável, era o tipo que grita em cada canto, que ecoa aquilo que a alma tenta sufocar.
Ele fechou a porta devagar, como se temesse o som que pudesse fazer. O suspiro que escapou de seus lábios foi longo, cansado, arrastado como quem carrega mais do que os ombros podem suportar.
Sim, ele estava exausto.
Mas não era o corpo que doía, era algo mais profundo. Uma dor que lhe consumia em silêncio, algo que ele recusava dar nome.
Caminhou lentamente pela sala e então parou quando viu Helen encolhida no sofá. O corpo pequeno, quase frágil, como se tentasse se proteger do mundo inteiro. O rosto relaxado pelo sono ainda guardava os traços de uma tensão invisível, um cansaço emocional que se infiltrava até em seus sonhos.
Ethan ficou parado por um instante, apenas observando. O coração bateu mais lento. Mais pesado.
Ele sabia que deveria simplesmente virar as costas e deix