POV Bennet
As lágrimas queimam meu rosto como ácido.
Eu nunca quis chorar. Nunca fui do tipo que chora, mesmo quando tudo dentro de mim grita. Mas agora… Agora é como se meu corpo tivesse me traído de todas as formas possíveis; primeiro o cérebro, agora o coração.
Meu peito parece pequeno demais para conter tudo isso.
— Como eu fui capaz… — sussurro, com a voz quebrada. — Como pude olhar nos olhos da Kali e esconder isso?
A imagem dela me vem como uma lâmina: os olhos quentes e escuros me olhando com devoção, a boca que sussurrava “te amo” entre beijos, os braços que me apertaram com confiança. Kali acreditava que tínhamos tempo. Que poderíamos construir uma vida.
E eu... Eu a deixei sonhar. Quando eu sabia que o tempo era meu maior inimigo.
— Ela vai me odiar. — murmuro, sem sequer tentar conter o choro.
Minha mãe segura minha mão com força, quase como se quisesse me ancorar no presente, evitar que eu afunde mais nesse poço escuro que começa a me puxar.
— Bennet, ela te ama. Kali te a