Bennet o observa sair. A tensão em seu rosto é clara, as sobrancelhas franzidas, o maxilar contraído. Quando nossos olhares finalmente se encontram, vejo um brilho breve de ternura, mas que logo se apaga, substituído pela incerteza do que está por vir.
— Você deve estar se perguntando por quê está aqui... — começo, a voz fraca, hesitante — Nós precisamos conversar sobre algo importante.
— É sobre Niyati? — ele pergunta, lançando um olhar para a cama onde minha filha dorme.
— Sim. – sussurro.
— Olha... eu sei que talvez soe estranho eu estar preocupado com ela. Afinal, sou apenas um ex-namorado de muitos anos atrás, mas eu não vim para causar nada entre...
— Bennet — interrompo sua fala suavemente —, só me ouça.
— Claro, me desculpe — ele responde, constrangido, limpando a garganta. Dá um passo à frente, apoiando as mãos na barra de ferro do pé da maca.
— Eu preciso... — respiro fundo, buscando coragem para pronunciar as palavras que mudarão tudo. — Preciso te contar uma coisa.
— Pode