A porta do quarto se fechou novamente.
Lúcia estava tão sem graça que queria que o chão se abrisse para que ela pudesse se esconder. Não fazia ideia de como encarar Leopoldo no futuro. Ao levantar os olhos e ver Sílvio sorrindo com aquele ar maroto, a raiva subiu em sua garganta. Com um olhar feroz, ela resmungou:
— Não ria.
— Tudo bem. Se minha esposa não quer que eu ria, eu não rio.
Sílvio estendeu a mão para segurá-la novamente. Ela, no entanto, a afastou de imediato.
— Tá chateada porque a gente não transou? — Perguntou Sílvio.
— Sílvio!
O rosto de Lúcia ficou ainda mais vermelho, e embora quisesse negar, sabia que havia um fundo de verdade no que ele dizia.
Sílvio recolheu o sorriso e segurou a ponta dos dedos dela com firmeza:
— Quando eu melhorar, a gente termina o que começamos. Não precisa ter pressa.
— Quem tá com pressa? — Lúcia bufou, rindo de nervoso, enquanto puxava a mão de volta.
Sílvio, porém, não parecia nem um pouco incomodado:
— Ainda tá brava?
— Você q