Ivone, tomada pela raiva, agarrou o cobertor e o jogou com força contra Basílio:
— Não diga meu nome! Eu não deixo você dizer meu nome!
O cobertor deslizou silenciosamente da cama para o chão. Basílio ficou paralisado, chocado com o olhar dela.
Ele viu o sangue nas mãos dela, no dorso e nos dedos. Seus olhos estavam vermelhos, e as lágrimas escorriam sem parar.
— Não me chame assim! Saia daqui! Saia agora! — Ivone gritou, cobrindo os ouvidos, enquanto as veias saltadas na testa e no pescoço mostravam o quanto ela estava à beira de um colapso. Ela puxava os cabelos e berrava com toda a força que tinha.
Basílio tentou se aproximar.
— Iva.
— Saia! Vá embora! Saia daqui! — Ivone chorava, completamente descontrolada.
Ele nunca tinha visto Ivone tão fora de si. Aquela explosão de emoções o deixou sem saber como agir.
— Você está machucada.
— Saia! Saia daqui! — Ivone gritou novamente, soluçando entre as palavras.
Basílio percebeu que qualquer coisa que dissesse só pioraria a situação. Ele se