Lúcia sentia um pressentimento ruim, seus olhos piscavam incessantemente. Para evitar que mudassem de ideia depois, ela precisava pegar o dinheiro primeiro.
A mulher sorriu:
— Isso não é o procedimento padrão.
— Então procurem outra pessoa. Não vejo sinceridade da parte de vocês.
Lúcia levantou-se do sofá e se virou para sair.
Sentia algo estranho, embora não soubesse exatamente o quê.
A mulher segurou seu pulso e sorriu gentilmente:
— Você ainda não confia em mim? Tudo bem, me passe seu número de conta, vou pedir para o financeiro transferir o dinheiro agora.
Lúcia passou o número da conta bancária. A mulher fez uma ligação e, dois minutos depois, Lúcia recebeu a confirmação da transferência: quinhentos mil reais.
— Pronto, querida, o dinheiro está na sua conta. Agora pode vir se arrumar conosco?
— Pode ser. — Lúcia assentiu.
Ela foi levada pela mulher para o andar de cima, onde uma iluminação dourada enchia o ambiente, ao mesmo tempo ofuscante e sugestiva.
A mulher abriu a porta de u