— Se seu pai morrer, como vou viver? Ele é o amor da minha vida. — Sandra chorava, e cada lágrima parecia cortar o coração de Lúcia.
Lúcia sentia um vazio, como se sua alma tivesse sido arrancada, como um barco à deriva sem porto.
— Eu já arrumei o dinheiro, um milhão não é nada. Papai não vai ser transferido, pode ficar tranquila.
Mentir se tornara uma habilidade essencial para ela. Antes, mentir a deixava nervosa, corada, agora, era tão fácil quanto beber água.
Temendo que Sandra continuasse a fazer perguntas, ela rapidamente encerrou a chamada.
A mulher de vestido fixou seus olhos afiados no rosto jovem e sem maquiagem de Lúcia:
— Está precisando de dinheiro? Quer salvar uma vida? Eu posso te ajudar.
— O que eu preciso fazer? — Lúcia mordeu os lábios, interessada.
Ela estava sem alternativas. Se alguém lhe oferecesse um milhão e não fosse algo ilegal, ela faria qualquer coisa.
Orgulho e moral já não tinham mais importância.
Ela estava encurralada. Ser levada a essa situação por