Depois de finalizar a maquiagem, a maquiadora trouxe uma roupa nova para Lúcia trocar.
Era um vestido justo, cor de vinho com lantejoulas, brilhante e revelador, quase apenas um pedaço de pano fino.
Havia também um corpete de renda.
Lúcia percebeu que algo estava errado. Olhou para a maquiadora, confusa:
— Tenho que vestir isso?
— A pessoa que te trouxe não te explicou? Essas são as regras. — Respondeu a maquiadora.
Lúcia sentiu um calafrio de preocupação:
— É só para servir uma bebida, certo?
— Foi isso que ela te disse?
A maquiadora cobriu os lábios com a mão, rindo com os olhos.
Lúcia assentiu:
— Foi sim.
— Então é isso mesmo. Vai, troca de roupa. Quando você terminar, meu trabalho acaba. — A maquiadora bocejou. — Preciso voltar a dormir, estou exausta.
Lúcia, sem querer causar mais problemas, pegou a roupa e foi trocar.
Devia estar exagerando. Afinal, já tinham depositado quinhentos mil de adiantamento. A Bodega Miguelito era o maior bar da Cidade A, diferente dos lugares pequen