Maxin
O vento uivava como um presságio sombrio ao redor da casa segura onde Maxin havia instalado Amélia. Eles estavam a poucos quilômetros das montanhas Ural, escondidos numa propriedade protegida por um muro de pedra e câmeras discretas. Mas mesmo com toda a segurança, Maxin não conseguia descansar.
Sergei estava perto. E isso o inquietava como nunca antes.
Naquela manhã, ele se reuniu com Nikolai e Vadim, um dos seus homens mais leais, em uma sala improvisada de operações. Sobre a mesa, havia mapas da região, fotos por satélite e arquivos de inteligência obtidos por contatos locais.
— Vadim — disse Maxin, com a voz baixa e grave. — Preciso que você se infiltre nas redondezas da propriedade de Sergei. Vá como civil, turista, caminhante… o que for preciso. Observe os acessos. Guardas, vigilância, entregas. Tudo.
— Sim, senhor — respondeu o homem, com um leve aceno de cabeça. Ele sabia o risco. Sergei não era qualquer criminoso. Era um predador.
— Se for pego, negue qualquer vínculo