Elara permaneceu parada no corredor por alguns segundos depois que a porta foi fechada. O impacto da conversa anterior ainda vibrava em sua pele, como se cada palavra tivesse deixado uma marca profunda. O ar parecia quente demais, fechado demais, e por um instante ela sentiu que o mundo ao redor diminuía.
Leon foi o primeiro a perceber. — Elara? — chamou, aproximando-se devagar.
— Eu só… preciso pensar — ela respondeu, mas sua voz carregava tensão demais para ser convincente.
Kael, encostado na parede com os braços cruzados, observava tudo com um olhar que misturava frustração contida e algo mais escuro — algo que só aparecia quando ele se sentia impotente, o que era raro.
— Pensar não vai mudar o que acabou de acontecer — ele disse, sem levantar a voz. — Mas pode piorar, se você tentar carregar tudo sozinha.
Leon lançou um olhar rápido para Kael, como um aviso silencioso para que ele pegasse leve, mas Kael ignorou. Ele conhecia Elara o suficiente para saber que ela recuava quando alg