O resto da tarde passou como um borrão.
Elara trabalhou mecanicamente, respondendo e-mails, revisando contratos, participando de reuniões como se fosse apenas mais uma peça da máquina corporativa… enquanto por dentro tudo estava prestes a quebrar.
Kael não apareceu mais.
Leon também não.
E por algum motivo, isso tornava tudo ainda mais difícil.
Porque agora o silêncio não era ausência — era expectativa.
Quando finalmente o expediente terminou, Elara guardou suas coisas devagar, como se adiar um minuto pudesse facilitar algo que ela sabia que, no fundo, não tinha solução simples.
Assim que entrou no elevador, sentiu a tensão apertar seu peito como um peso invisível.
Mas antes que as portas fechassem, uma mão impediu o movimento.
Leon.
Ele entrou sem pedir, sem perguntar.
— Estive esperando você — disse com calma.
Ela respirou fundo.
— Eu imaginei.
O elevador começou a descer, e o silêncio entre eles era quase palpável — não desconfortável, mas cheio demais.
Leon virou o rosto em sua di