Elara saiu da sala de reunião sentindo as pernas fracas, como se tivesse corrido uma maratona emocional. O olhar de Kael ainda ardia nela — aquele olhar silencioso que dizia tudo o que ele tentava esconder do mundo.
O problema era que Leon também tinha sido parte daquela conversa… direta ou indiretamente.
E agora, tudo estava ainda mais confuso.
Ela caminhou até o terraço reservado da empresa, onde poucas pessoas sabiam que havia acesso. Precisava de ar. De espaço. De algum tipo de distância que o coração não conseguia produzir.
A cidade brilhava lá embaixo — viva, intensa, repleta de histórias.
E, mesmo assim, nenhuma parecia tão complicada quanto a dela.
A porta atrás dela abriu.
Ela sabia quem era antes mesmo de ouvir passos.
Kael.
— Fugindo? — ele perguntou, com aquela calma perigosa que sempre a desarmava.
— Só respirando — respondeu sem olhar para ele.
Kael se aproximou lentamente até ficar ao lado dela, apoiando as mãos no corrimão.
— Eu sei que tudo está… intenso demais — ele