Eu ainda sentia o eco do que havia acontecido com Kael. A conversa, o toque contido, a promessa silenciosa — tudo ficou marcado em mim como se tivesse sido gravado à fogo.
Eu queria acreditar que depois daquela noite as coisas ficariam claras, que eu acordaria com a resposta, com o coração alinhado a apenas um caminho. Mas não foi isso que aconteceu.
Ao invés de paz… veio o caos.
Quando desci para o térreo naquela manhã, o ar parecia carregado de algo que eu não conseguia nomear. A recepção estava incomumente silenciosa, e os olhares curiosos que me acompanharam até o elevador só aumentaram o desconforto que se instalava no meu peito.
Assim que a porta abriu no andar onde Kael e Leon trabalhavam, eu percebi.
Eles estavam lá. Um de frente para o outro.
E não era uma conversa.
Era um confronto.
Kael mantinha os ombros tensos, as mãos fechadas nos bolsos do terno, o olhar firme — quase afiado.
Leon, por outro lado, parecia à beira de quebrar algo — por dentro ou por fora. O maxi