Ethan Carter não era um homem fácil de surpreender.
Ele controlava tudo. O tempo, os números, as pessoas. Estava acostumado a estar à frente, prever, planejar. Mas naquela noite… ele não tinha ideia do que Helen havia preparado.
Tudo começou com um simples envelope deixado sobre a mesa do escritório em casa, onde ele revisava documentos com a concentração de um cirurgião em operação.
Ao abrir, encontrou um bilhete escrito à mão:
“Hoje você não vai controlar nada. Vista-se como se fosse me encontrar para jantar. Mas venha sozinho. Sala 408. Às 20h. E não se atrase.”
Nenhuma assinatura, nenhum emoji. Nada além da caligrafia perfeita de Helen.
Ethan sentiu a espinha arrepiar.
Ele olhou para o relógio. 19h32, fechou o notebook e correu subindo as escadas. Em questão de minutos estava debaixo do chuveiro, sentindo o coração acelerado, como se estivesse prestes a cometer um crime. Um sorriso apareceu em seu rosto. Ela estava tramando algo, e ele mal podia esperar para ser a vítima.
Às 19h58