A luz do sol escorria pelas janelas do apartamento, espalhando calor pelas paredes claras e pela roupa de cama ainda amassada. Helen havia acordado cedo, mesmo sem querer. Depois do pesadelo que teimava em ecoar em algum canto da sua mente, decidiu que não valia a pena mergulhar na angústia, não naquele dia. Depois que ouviu Ethan dizer que a amava, não deixaria nada, nem ninguém atrapalhar esse momento incrível. Tinha café na cozinha e, logo mais, uma noite só de garotas para colocar os pensamentos em ordem.
Enquanto isso, na sala, ela se mantinha encostada na porta, observando o homem que vestia sua camisa branca com calma e precisão, como se fosse um ritual. Ethan estava de costas para ela, os músculos das costas delineados sob o tecido recém-passado. Os botões iam sendo fechados com firmeza. Helen o acompanhava com os olhos, como se cada gesto dele fosse uma cena de filme antigo e sensual.
Ele caminhou até o espelho e começou a ajeitar a gravata. Os dedos longos e firmes puxavam o