MERLYA
A sala de espera se transformou em nosso refúgio temporário. A mãe de Alex e Anahí chegaram logo após, trazendo cobertores, café quente e a notícia de que Natália havia ligado, furiosa, exigindo saber o que Alex estava fazendo fora de casa. Mas o foco delas era Lua e a tragédia que nos unia. zoe e Lara não paravam de chorar.
A notícia da paralisia temporária de Lua, que espelhava o meu próprio acidente, agiu como um catalisador para a cura da nossa família.
Miguel, despojado de sua arrogância, chorava em silêncio no ombro de meu pai. Minha mãe estava pálida, mas se consolava sabendo que Alex havia aceito ser o reabilitador de Lua. Em meio ao caos, a presença de Alex como âncora profissional e afetiva era um alívio.
Eu e Alex nos afastamos por um momento, indo para um canto mais tranquilo. Eu o abracei, sentindo a segurança que a sua promessa de ajudar Lua me trazia.
— Você não precisava aceitar, Alex — sussurrei. — Isso vai te expor. E a Natália...
— Não me importo com a Natáli