Capítulo 49
Isaac Aubinngétorix
O salão ainda pulsava com música, risos contidos e taças tilintando em mãos que não sabiam do que era feito o silêncio.
Mas o meu mundo... havia emudecido.
Ela se foi.
Maeve desapareceu entre as sombras douradas das colunas e os sorrisos educadamente falsos dos convidados, como se nunca tivesse estado ali. Como um fantasma ferido. E eu fiquei, estático, prisioneiro do meu próprio corpo, sentindo o eco de cada passo dela se distanciar como uma acusação.
Minha mãe falava com Arlene ao fundo, num tom calmo demais, domesticado demais, como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse acabado de jogar uma bomba sobre tudo o que eu e Maeve havíamos construído — ou, ao menos, tentado construir.
Minha mão foi até o anel. A aliança que ela havia me dado.
Simples. De prata escurecida. Gravada por dentro com uma frase que só nós dois conhecíamos. Uma promessa silenciosa.
E ali estava ela. No meu dedo. Oculta pela formalidade do traje, escondida por trá