Capítulo 40 p2

Alejandro Albeniz

Com meu pai era desse jeito, tínhamos que deixar ele falar e falar e falar. Botar para fora todo tipo de asneira megalomaníaca que ele, em sua cabeça, achava mais do que normal. Entretanto, tudo tinha limite, uma linha tênue, e ele começou a cruzar essa linha quando insistiu em atacar a Ximena.

— Na minha casa essa aproveitadora sem berço, essa cadela sem pedigree não entra!

— A quem o senhor está chamando de cadela? Não me faça esquecer que o senhor é meu pai e fazê-lo engolir seus próprios dentes! — ele arregalou os olhos. — Está perdendo o juízo, a noção.

— Não vou aceitar que me ameace dentro da minha própria casa. Exijo respeito!

— Respeito não se exige, se conquista. E você perdeu o meu no momento em que ofendeu a mulher por quem eu me apaixonei. — acho que ele nunca pensou que eu diria algo assim, que estava apaixonado e justamente por uma qualquer no dito dele. Afinal, sua expressão não negava sua surpresa. — O senhor está idêntico a puta da sua mulher, porq
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