Alejandro Albeniz Tudo o que eu queria era ter acordado, tomado um banho, ficado um pouco à toa e só ter saído de casa para ir para o aeroporto. No entanto, para eu me ausentar por dois dias, de uma sexta-feita a uma segunda-feira, tinha que deixar tudo organizado. Eu cheguei super atrasado ao Hangar, eram 11h15. Procurei Ximena por tudo quanto foi lugar, depois pedi o registro de entrada e soube que ela não havia chegado, estava mais atrasada do que eu. Peguei o telefone e ligaria para ela, quando percebi muitas chamadas não atendidas. Meu telefone estava no silencioso. A mais insistente era kalima, a gestora de RH. Retornei a chamada em seguida e, sem muita demora, ela atendeu. — Alô!— Oi, Kalima, tive que ir no banco autorizar uma movimentação, acabei deixando o aparelho no silencioso.— Senhor Alejandro, minha dúvida é só para saber se eu mando o Iker Pavel no lugar da Ximena ou não.— Como? Aconteceu alguma coisa com a Ximena? — eu estava mais perdido do que cego em tiroteio
Ximena Valverde Pedi aos meus pais para ir embora, mas é claro que eles não fariam. Minha mãe me fez beber um dos seus chás poderosos e eu apaguei nem sei por quanto tempo. Levantei da cama, acreditando que eles já haviam ido para casa, mas ao sentir o aroma do refogado, sabia que ao menos minha mãe ainda estava aqui. Abri a porta do quarto e os dois estavam sentados na minha sala, assistindo TV. Era no mínimo inocente da minha parte pensar que as pessoas que me amavam, iriam embora e me deixariam no estado em que me encontrava. O meu quarto era bastante escuro, porque eu usava cortina blackout, foi só quando saí dele que me dei conta de que já era noite.— Se sente melhor, depois de conseguir dormir? — minha mãe perguntou e eu apenas fiz um sinal de positivo com a cabeça. — Vou arrumar algo para você comer.— Não precisa, mãe, realmente estou sem fome.Com ar de preocupação, minha mãe olhou para o meu pai e foi ele quem se dirigiu a mim dessa vez. — Senta aí, Ximena, vamos conver
Ximena Valverde Fiquei na dúvida se deveria deixar Raquel pensar que eu era uma retardada, que esqueceu o nome do hotel onde se hospedou, ou se falava a verdade para ela, que não viajei. Por fim, optei pela primeira opção, disse a ela que saí para visitar alguns lugares e esqueci o nome do hotel e foi assim que a secretária da presidência me disse que minha reserva era para o hotel Paris Monte-Carlo.Cheguei em Mônaco bem tarde, o voo que meu pai conseguiu foi às 6h00 da noite, incluindo as viagens de carro, demorei 4h para chegar aqui. Se ele não mudou de hotel, Alejandro estaria no quarto conjugado ao meu, ele deixou bem claro que se quiséssemos ficar juntos bastava abrir uma porta interna e a acomodação viraria uma só.Minha adrenalina estava bastante alta, eu apenas joguei as minhas coisas dentro do quarto e fui para o lado apertar a campainha, acabar logo com essa situação. Ou ele, magoado, me rejeitaria, ou nos aceitaríamos. E assim que Alejandro abriu a porta, sua reação foi d
Alejandro Albeniz Era real, ela estava deitada de bruços na cama, ao meu lado. Os longos fios negros esparramados de lado na colcha clara. Nua, apenas o lençol cobrindo até a cintura, as costas lindas com algumas pintas e sardas e a nuca perfeita, que beijei muito e queria beijar novamente. Mas a deixaria descansar.Ontem não tinha treinado, estava totalmente desanimado, hoje me sentia super bem e iria conhecer a academia do hotel. Saí, deixando Ximena dormindo serenamente, depois de tê-la feito gozar várias vezes ao longo da noite, me dando o prazer de vê-la satisfeita. Antes de ir para a academia, passei no restaurante para tomar o pré-treino, uns ovos mexidos e um iogurte apenas. Depois, tomaria café com ela.(...) Antes de subir para a acomodação, pedi um belo café no quarto. Lá na recepção, também pedi um guia de turismo, confesso que preferia ficar trancado com Ximena, amando seu corpo de todas as maneiras possíveis, no entanto, só tínhamos hoje para conhecer alguma parte de
Ximena Valverde O guia pediu que Alejandro o deixasse um pouco antes do hotel, acredito que ele tenha ido para casa descansar. Chegamos na recepção do hotel, Alejandro se dirigiu ao balcão para falar com a atendente.— Boa noite! Poderia me passar a chave que divide as acomodações 305 e 306?— O senhor está ocupando as duas acomodações?— Sim, minha namorada e eu. Alejandro Albeniz e Ximena Valverde. — ele apontou para mim, que estava logo atrás dele, a uma certa distância.— Sim, correto. Irei pedir ao chefe do almoxarifado para ir buscar. Em qual quarto entrego? — 305, por favor. Ele me pegou pela mão, entrando comigo no elevador e por lá botou para fora suas intenções. Nem tive tempo de pensar, ele já estava me espremendo na parede fria da caixa de metal.— Tem câmera, seu doido! — avisei enquanto ele massageava meu seio por cima do tecido do macacão.— Ok. — ele levantou as mãos em sinal de rendição. — Vou me comportar nesse um minuto que falta para a gente entrar no quarto. —
Alejandro Albeniz Talvez eu não fosse uma pessoa que soubesse lidar com sentimentos como o ciúme, nem vindos da minha parte, nem vindos de Ximena. Lembro de como tentei disfarçar a fúria que eu sentia ao vê-la conversando efusivamente com Iker Pavel, no entanto, não conseguia entender a cena que ela acabou de fazer perante a Violet.Fiquei ali com cara de otário, não queria ser mal educado com a loira, mas queria correr atrás da morena.— Pardon! Não queria ser inoportuna. Quer que eu fale com ela? — Violet disse.— Não, não, melhor não. Vai ficar tudo bem.— Explicaria a ela que só vim atrás de diverrsão, que não tem nada entre a gente. — o que ela não sabia era que se dissesse algo assim para a Ximena, apenas pioraria tudo.— Vai ficar tudo bem, Violet. — beijei a bochecha dela. — Merci. Foi legal te conhecer.— Está bem, já vou. Sua garota é muito bonita. Se ela topar algo a três, posso deixar meu número. Eu ri.— Melhor não, ela é bastante monogâmica e eu também. Ok, estava sen
Ximena ValverdeEstávamos deitados na cama, eu encostada no peito de Alejandro, sentindo o calor da sua pele quente e seu coração batendo ritmado. Os arrepios na minha pele eram constantes. O homem que me fazia estremecer deslizava as pontas dos dedos do meu ombro até a minha mão, indo e voltando devagar. De vez em quando, depositava beijos cálidos na curva do meu pescoço e no topo da minha cabeça, me enchendo de carinho. A respiração dele era calma, como se aquele momento de quietude fosse tudo o que precisávamos.Faltava algumas horas para a reunião, e a gente só estava sentindo o calor um do outro e a paz que aquele momento trazia. Era como se o tempo tivesse parado só para nós dois, nos dando uma pequena trégua da vida corrida, das responsabilidades e do peso que havia entre nós e que ainda nos rondava como um fantasma. Talvez fosse uma boa hora para ter uma conversa há muito adiada.— Eu quero saber tudo o que aconteceu. Agora eu quero saber. — falei de maneira repentina, surpree
Alejandro Albeniz — Bem que o meu pai me disse que o G200 era um executivo luxuoso, se eu deitar nessa cama, nem vou sentir que estou voando. — Ximena comentou, dando um suspiro de conforto, o que me fez sorrir.Nós estávamos sentados na poltrona dupla, em voo de cruzeiro, assistindo uns vídeos na super tela interativa, esse era um modelo de aeronave que tinha cinema, a tela de quarenta e duas polegadas descia do teto e ficava um pouco à frente do cockpit. Ximena apontava para a cama ao nosso lado, muito bem acolchoada, que dava para até quatro pessoas usarem como poltrona ou apenas uma pessoa deitar.— Ela é até confortável, agora sobre não sentir o voo, já não sei. Tem previsão de turbulência na Espanha. — comentei.— Sério? — perguntou um pouco assustada.— Sim, mas é de grau super leve. Dá até para fazermos um carnaval aqui.Ela riu e depois questionou:— O nosso carnaval ou o brasileiro? Aquele misturado com samba — ela remexeu os ombros. — E pessoas pulando?— O nosso carnaval,