Ximena Valverde
A gente saiu do heliporto em clima de romance, estávamos indo para o carro, quando o homem de traços angelicais e de olhar frio nos pegou no flagra. Soltei a mão de Alejandro rapidamente, não queria trazer problemas a ele, afinal, ele terminou recentemente com a entojada. Sem concordar comigo, de maneira afrontosa, ele jogou o braço sobre o meu ombro, me abraçando.
— Faz tempo que não te vejo, Beto, bom dia!
— Dia. — o tal Beto respondeu sem expressão.
— Como estão as coisas por aqui? — Alejandro questionou.
— Não tem recebido os relatórios?
— Sim, mas estou perguntando a você. Quero saber de você.
— Está tudo bem, assim como diz os relatórios. — falou com seu jeito robótico e saiu.
E assim que o irmão dele saiu do nosso campo de visão, tirei seu braço do meu ombro.
— Não foi certo o que fez.
— Não devemos nada a ninguém, não há do que nos esconder.
— Estamos em território da Granafly, tratamento impessoal, lembra? — ergui as sobrancelhas.
— Sim e não. — ele fez um m