Carolina veio correndo, passos largos, abraçando forte o ursinho de pelúcia contra o peito.
Suas bochechas redondinhas estavam coradas de vermelho intenso, como quem passou tempo demais no frio. Os olhos, grandes e brilhantes como uvas maduras, cintilavam alegria e inocência.
Ela se jogou direto no colo da mãe.
— Carol!
Uma onda avassaladora de alívio e felicidade tomou conta de Larissa.
Suas mãos tremiam enquanto apertava a filha contra o peito, as lágrimas escorrendo sem controle.
Joaquim também se aproximou rapidamente, estendendo a mão, querendo pegar a filha...
Mas Larissa virou o corpo instintivamente, protegendo Carolina.
A mão dele parou no ar, sem ter onde pousar.
Ficou ali, suspensa por um segundo que pareceu eterno, antes de cair ao lado do corpo, rígida.
O rosto de Joaquim, que já estava carregado de tensão, escureceu ainda mais.
— Carol, você quase matou a mamãe de susto! Onde você foi, meu amor? Não pode sair correndo desse jeito! Promete que não vai mais fazer isso! — La