Depois da longa conversa no quarto, Ariana e Samuel não se beijaram.
Não se tocaram de novo.
Mas havia algo novo entre eles:
Paz.
Cumplicidade.
E uma promessa silenciosa de ir devagar.
Ari respirou fundo e disse:
— Antes de dormir… posso te levar pra conhecer o melhor açaí da sua vida?
— Açaí? — ele ergueu a sobrancelha.
— Daqueles de verdade. Não esse sorvetão misturado com açúcar.
— Agora fiquei intrigado — Samuel sorriu.
Ela sorriu também.
E pela primeira vez em muito tempo, os dois sentiram o peito leve.
Ariana trocou de roupa — um short jeans, uma blusa fresca que valorizava os ombros, e um batom que deixava a boca mais viva.
Samuel apareceu no saguão minutos depois.
Camisa preta simples, mas que desenhava o corpo.
O cabelo arrumado com descuido calculado.
E aquele olhar que ela começava a reconhecer: quente, mas controlado.
Eles se encararam.
Algo pulou dentro dos dois.
Mas eles respiraram.
Caminharam lado a lado pela praça iluminada, onde o cheiro de tapioca, pastel