O silêncio dentro do carro blindado era espesso, vibrando entre olhares longos e sorrisos contidos. Henrique, discreto como sempre, os deixou na garagem do prédio, e Alex nem precisou dizer nada — apenas olhou para ele com um breve aceno e ouviu:
— Até amanhã, chefe. Boa noite, senhora.
— Boa noite, Henrique e é Nina — respondeu Nina, antes que a porta se fechasse.
Subiram no elevador lado a lado, sem trocar uma palavra. Mas a tensão entre os corpos dizia tudo. Alex olhava para ela com uma fome contida. Nina, com um brilho nos olhos, sabia exatamente o que estava prestes a acontecer — e desejava da mesma forma.
Assim que entraram no apartamento, Alex fechou a porta com mais força do que o habitual. Parado por um segundo, ele observou Nina se afastar para tirar os sapatos. Mas algo dentro dele explodiu. Com três passos largos, ele a alcançou e a puxou pela cintura, colando-a na parede do corredor.
— Como você tá? — sussurrou ele, a voz rouca, os olhos queimando.
— Me sentindo maravilho