60. O espectro de Istambul e a chave perdida dos pecados
A palavra "Istambul", sussurrada por Beatriz como um eco distante da genialidade e da paranoia de Lorenzo Bellini, pairou sobre o pequeno grupo de fugitivos na cabana da oficina mecânica como uma promessa e uma maldição. A antiga Constantinopla, ponte entre mundos, guardiã de segredos milenares, agora se tornava o palco improvável para o próximo ato de sua tragédia familiar e de sua desesperada busca por justiça.
Leonardo sentiu um arrepio percorrer sua espinha, apesar da febre que ainda o consumia. Istambul. Seu avô nunca mencionara a cidade em seus diários mais pessoais, aqueles que Leonardo guardava como relíquias. Seria este o "outro caminho para a verdade" que Tulio, em sua mensagem enigmática a Sabrina, mencionara que a "Fênix preparara"? Ou seria mais uma armadilha, uma pista falsa plantada pelo Consórcio Sombra ou pelo próprio Tulio para desviá-los? "Beatriz, você tem certeza disso?" Leonardo perguntou, a voz rouca. "Como o Consórcio teria acesso a essa informação?" "Não tenho