59. O rugido do aço e a redenção inesperada
O grito de Beatriz no comunicador – "A parede norte do galpão! É instável!" – ecoou na mente de Leonardo como a única nota de esperança naquela sinfonia de caos e morte. Tulio Costello, encurralado e ferido, mas ainda perigosamente astuto, selara as saídas principais, transformando a siderúrgica abandonada num mausoléu de aço enferrujado. Seus homens, leais até o último suspiro ou simplesmente apavorados demais para desobedecer, avançavam como uma matilha faminta.
"Sabrina! Lorenzo! Para trás de mim!" Leonardo gritou, os olhos fixos no velho guindaste de demolição que jazia num canto do vasto galpão, sua bola de aço maciço pendendo como um fruto profano. Era uma relíquia de outros tempos, provavelmente inoperante há décadas. Uma loucura. Mas era a única loucura que lhes restava. Viviana Costello, o rosto manchado de fuligem e uma fúria fria nos olhos verdes, compreendeu o plano de Leonardo no mesmo instante. "Você é completamente insano, Bellini!" ela gritou, mas já se posicionava ao