- Eu disse, o filho já se foi há muito tempo.
Emanuel ficou olhando fixamente para Inês, um traço de tristeza passava por seus olhos:
- O filho... Se foi...
Inês observava a expressão de Emanuel e ria friamente por dentro.
Essa tristeza, provavelmente, era porque ele pensava que não poderia mais usar o sangue do cordão umbilical para salvar Dora.
Emanuel observava Inês, apertando os olhos levemente, palavra por palavra:
- Como... Se foi?
Como se foi?
Ela teve os tendões cortados, perdeu muito sangue, foi injetada com drogas, sofreu imensamente...
Ainda teve o surto do Rei das Serpentes...
Depois de tudo isso, como o bebê poderia sobreviver?
Impossível.
Inês encarou Emanuel, abriu a boca, mas as palavras que chegaram à boca, ela engoliu de volta.
Ela riu levemente, com um tom frio:
- Claro que fui eu quem o tirou!
Emanuel ficou sem fôlego, olhando incrédulo para a mulher sob ele.
Aqueles olhos negros profundos perderam a calma usual, a racionalidade escapava aos poucos.
- Você... Pessoa