O corredor parece mais longo do que nunca. Cada passo ecoa, surdo, abafado pela tormenta que martela minha cabeça. Meus dedos tremem quando tiro o celular do bolso. A tela fria ilumina meu rosto, e por um momento, tudo dentro de mim grita pra não fazer isso. Mas eu sei que não tem mais volta.
Procuro o contato. O número que eu nunca deveria ter gravado, mas que ficou ali... como um lembrete de que um dia eu ainda teria que encarar isso de frente.
Chamando.
Uma, duas... quatro vezes.
— O que aconteceu agora? — a voz do outro lado atende seca, firme.
Respiro fundo, tentando conter o nó na garganta.
— A Jade vai ser lib