O tempo não passa. Cada vez que olho para o corredor onde Jade desapareceu, sinto como se estivesse encarando um abismo. Murilo tenta me manter firme ao meu lado, mas nada preenche o vazio.
Então, de repente, ouço passos apressados. O som de um salto batendo contra o piso frio. Levanto o rosto, e meu coração se aperta ao vê-la.
— Mãe… — minha voz quase não sai.
Dona Helena surge no corredor, os cabelos desgrenhados, o rosto ansioso, as mãos trêmulas apertando a bolsa contra o corpo. Quando seus olhos encontram os meus, ela corre até mim sem pensar.
Eu me levanto num pulo e caio em seus braços. O abraço dela é quente, denso, quase sufocante, mas é