Saímos da sala de medicação de mãos dadas. Ainda sinto o calor da confissão dele em mim.Mas assim que cruzamos a porta, me deparo com uma cena que me desmonta. Dona Helena está sentada, o rosto escondido nas mãos, chorando como se o mundo tivesse acabado. Ayla está ao lado, com Rigel aninhado no colo, dormindo profundamente, o rostinho colado ao pescoço dela.
Meu coração dispara.
— O que foi? — pergunto, quase correndo até elas.
Ayla levanta o olhar para mim, e um sorriso meio divertido, meio emocionado surge nos lábios dela.
— Ela está chorando assim desde que descobriu que vai ser vovó de novo… — diz, acariciando o cabelo de Rigel. — E chorou mais ainda quando ficou vigiando vocês pela fresta da porta… e viu vocês finalmente assumindo que se amam e que vão ficar juntos.
Olho para Samuel e ele me devolve um sorriso cúmplice, quase tímido — o tipo de sorriso que diz é, fomos pegos.
Me abaixo ao lado de Dona Helena, tocando de leve seu ombro.
— O que foi, Dona Helena?
Ela ergue o ro