Um mês e meio depois
O azulejo branco e frio do banheiro reflete a luz amarelada do teto. Ayla está encostada na pia, braços cruzados, olhando para mim com aquela expressão de quem já perdeu a paciência e a preocupação ao mesmo tempo.
— Jade, pelo amor de Deus… — ela suspira, mexendo no celular e largando de novo na bancada. — Esse já é o terceiro. Os outros dois deram negativo. Você não precisa comprovar mais nada.
Eu me abaixo um pouco mais sobre o vaso, segurando o teste com a mão firme, mas o coração acelerado.
— Eu só… — minha voz sai baixa, quase um sussurro — quero ter certeza.
— Certeza? — ela levanta uma sobrancelha, incrédula. — Daqui a pouco você vai comprar teste por atacado.
Dou um meio sorriso sem graça, mas não tiro os olhos do visor que ainda está em branco.
— Não é só por isso… — confesso, apertando as pernas. — É que… não sei se eu aguentaria passar por isso de novo sem estar preparada.
Ayla me encara