Ainda sinto o coração batendo feito tambor no peito. Jade está encolhida nos meus braços, chorando baixinho, os dedos agarrados com força na minha camisa. Eu respiro fundo, tentando acalmar os dois — ela e eu. Mas o momento mal dá espaço pro alívio.
— Ei! — ouço uma voz vindo em nossa direção. — Que porra foi essa?
Levanto o olhar e vejo o cara do quiosque correndo até a gente, com os olhos arregalados ao ver a porta do banheiro estourada no chão.
— Cês tão malucos?! Arrebentaram a porta? Isso aqui vai sair do meu bolso!
Aperto o maxilar. Me levanto devagar, mantendo um dos braços ao redor da Jade, que ainda está tremendo.
— A porta emperrou. Ela ficou presa lá dentro, sozinha. Eu só tirei ela de lá.
— E tu acha que pode sair quebrando tudo? Isso aqui tem dono! — ele se altera ainda mais, gesticulando. — Isso vai me ferrar com o patrão, pô!
— Olha… — tento manter a calma, respiro fundo. — Vamos conversar numa boa. Ela, caramba. Estava quase tendo um ataque de pânico ali dentro.
— E