Depois de alguns bons minutos no mar, o “problema” finalmente se resolveu. Respiro fundo, esfrego o rosto com as mãos e caminho de volta à areia, ainda sentindo a água escorrendo pelas costas e a pele esquentando sob o sol.
Rigel está sentado perto da toalha, rindo alto enquanto tenta fazer Samuca dar a patinha. Dona Helena observa os dois com aquele sorriso calmo de sempre, mas assim que me aproximo, percebo que tem algo a mais nos olhos dela. Um brilho travesso.
— Tá mais leve agora? — ela pergunta, erguendo uma sobrancelha.
— Que isso, mãe... — dou uma risada abafada, sentando ao lado dela na canga. — Está querendo me deixar sem graça?
— Vocês dois ainda pegam fogo, Samuel. — Ela fala como quem comenta a previsão do tempo, tranquila.
Eu rio e balanço a cabeça, sentindo o rosto começar a esquentar de novo.
— Mãe...
— E vou te contar mais — ela continua, ignorando minha tentativa de desviar o assunto. — Tenho quase certeza que a Jade não esteve com ninguém desde você.
Meus olhos en