Adam
Em seu escritório no hospital, Adam Saints estava concentrado em uma pilha de documentos. Desde que retornou dos estudos no exterior, onde concluiu seu mestrado, assumiu a administração do hospital, uma imposição direta de seu pai. No entanto, o que verdadeiramente o motivava não eram as burocracias e reuniões administrativas, mas a adrenalina da rotina hospitalar, os corredores agitados e, sobretudo, as longas horas em cirurgia, onde se sentia plenamente vivo.
O telefone de sua mesa interrompeu seus pensamentos. Ele atendeu prontamente.
— Sim, Lana?
— O Santiago está aqui e gostaria de falar com o senhor — informou a secretária, com a voz pausada.
Adam franziu o cenho, estranhando a visita repentina do chefe de segurança.
— Mande ele entrar.
Segundos depois, a porta se abriu. Santiago adentrou a sala com seu porte imponente e expressão sempre alerta.
— Bom dia, senhor Saints.
— Bom dia, Santiago. Aconteceu alguma coisa?
— Suas suspeitas se confirmaram — disse ele, direto. — Obse