O carro seguia pelas ruas. Mary, exausta depois de tanta emoção, dormia no colo de Elizabeth, que permanecia aninhada nos braços de John. Ele, o homem que raramente se permitia fraquejar, chorava agora como uma criança.
— Me perdoe, meu amor… eu não queria… — a voz dele saiu embargada, entrecortada pela dor de imaginar o que poderia ter acontecido.
Elizabeth levantou os olhos também chorando, apertou a mão dele contra os lábios e lhe deu um beijo suave, cheio de ternura.
— John, não se culpe. Você fez o certo.
Ela sorriu com doçura, mas logo em seguida ficou séria.
— Nossos filhos em primeiro lugar. Você acha que eu teria escolhido quem?
John respirou fundo, emocionado.
— Eu sei, meu amor. — tocou-lhe o rosto com a ponta dos dedos, sentindo-se abençoado. — Também teria sido grato se tivesse me escolhido.
Elizabeth inclinou a cabeça, encostando a testa na dele.
— Então não se culpe.
Ele fechou os olhos, deixando-se acalmar pela presença dela, e acariciou o rostinho tranquilo de Mary.
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