THIAGO
Se alguém me dissesse há um ano que eu estaria escolhendo tons de branco pra guardanapo de casamento e cores de tinta pra quarto de bebê, eu teria rido. Rido alto. Mas agora? Agora eu estava aqui, com duas planilhas abertas no notebook, celular no viva-voz com o cerimonialista e o arquiteto mandando foto atrás de foto. E tudo isso em pleno meio-dia de uma terça-feira.
— Senhor Thiago, só precisamos confirmar se a Mirela prefere o pergolado com tule ou com luzes penduradas. — o cerimonialista disse do outro lado da linha.
Revirei os olhos e suspirei fundo.
— Faz o seguinte: manda os dois modelos prontos pra mim, eu vejo aqui e te retorno. Não quero ela com mais uma coisa pra se preocupar. Entendeu?
— Claro, senhor. A prioridade é o bem-estar da noiva.
— Isso aí. E sem mais perguntas pra ela até o casamento, entendeu?
Desliguei o telefone e apoiei a cabeça nas mãos. Eu estava pirando com tudo aquilo. A reforma da casa nova já estava me deixando doido por si só — encanamento novo