MIRELA
A luz do luar entrava pelas frestas das cortinas, pintando o quarto de prata e sombras. Eu estava deitada de costas, com os dedos traçando círculos lentos na própria barriga, enquanto observava Thiago na porta do banheiro, escovando os dentes. Ele estava só de cueca, o corpo marcado pelo tempo e pela vida, mas que ainda me fazia tremer por dentro. Cada músculo, cada cicatriz, cada fio de cabelo grisalho naquele peito largo — tudo me excitava nesse meu marido gostoso.
Ele cuspiu na pia, enxaguou a boca e então olhou pra mim pelo reflexo do espelho.
— O que foi, pequena? — perguntou, a voz já mais grossa, como se já soubesse exatamente o que eu estava pensando.
Sorri, mordendo o lábio.
— Tô só pensando… que a gente devia aproveitar que o Lucas tá na cama ainda.
Ele secou as mãos na toalha e virou-se, os olhos escuros queimando.
— É mesmo? E o que você sugere?
Arqueei uma sobrancelha, deixando minha mão descer devagar, passando pela barriga, até chegar na borda da minha calci