Diogo
Dirigir foi a única saída que encontrei pra tentar acalmar a bagunça na minha cabeça. A cidade já dormia, mas eu precisava de ar e silêncio. De algum lugar onde eu pudesse organizar os pensamentos e entender o que, diabos, estava acontecendo.
Parei meu carro perto de um parque que ficava a uns quarteirões da empresa. Sempre gostei do lugar, o lago, árvores, luzes suaves dos postes. Tinha alguma coisa ali que me fazia respirar mais fundo.
Desci, joguei o paletó no banco de trás e comecei a caminhar devagar pela beira do lago. A lua cheia se refletia na água escura, criando aquele brilho prateado que hipnotiza. Passei a mão na têmpora, sentindo a tensão pulsar e enfiei as mãos no bolso da cal&cced