Alice
Diogo estava de costas, vestindo a calça com os movimentos calmos e elegantes demais pro caos que ele tinha causado dentro de mim. A luz do quarto de hotel batia em cheio nas suas costas largas, e eu nem tentei disfarçar que estava olhando. Aquele homem parecia ter sido esculpido por alguém que conhecia muito bem meus desejos mais secretos.
Mordi o canto da boca, sem pressa, só admirando e ele percebeu que eu estava o secando. Virou o rosto por cima do ombro e sorriu com aquele olhar preguiçoso e perigoso que me fazia esquecer quem eu era.
— Vai ficar me olhando desse jeito mesmo? — provocou. — Se continuar, eu não vou deixar você sair dessa cama tão cedo.
Soltei uma risada baixa.