— Meu Deus do céu! — Ingrid encara a garota, seus olhos deixam claro seu espanto. — Onde você a achou?
Minha secretária fez o favor de vir comigo para casa, nessa noite. Antes, passamos em uma loja local e ela me ajudou a comprar algumas roupas. Peças comuns, mas que ajudariam Atalia a se tornar mais uma babá e menos uma figura fantasmagórica do século dezoito.
— Na estrada, perto da Lanchonete.
Atalia não nos encarava. Suas pernas balançavam, num tique nervoso, enquanto suas mãos apertavam o tecido de linho de seu vestido bege. Ela estava sentada em uma cadeira, seus cabelos longos e soltos, escovados.
— Bom, acho que não precisamos cortar muito. É mais as pontas que estão quebradas — Ingrid disse. — Eu diria para você levá-la a um cabeleireiro, mas o único na cidade é Fabiano, e ele faria um escândalo vendo essa criatura.
— Eu sei — digo a minha secretária.
Ingrid suspirou. Ela se aproximou de Atalia e apertou seus ombros.
— Querida, vou te ajudar, ok? Vamos tirar um pouco do seu ca