Tina ficou boquiaberta com a beleza do meu enteado. Arthur era soberbo, não lhe dava atenção e falava olhando sempre para mim.
— Viu só Rui, o meu pai se deu bem, casou com uma garota que podia ser sua filha!— ele comentou para um dos primos.
Romeu o fuzilou com o olhar, ele percebeu que aquela conversa insistente do filho estava me incomodando.
Tina se afastou, o que me deixou me sentindo solitária. Era como se a Juliette do passado fosse embora com ela.
— Não está se sentindo bem, meu amor? Quer ir com a sua amiga?
Eu olhei para Romeu, perplexa. Eu me perguntava se estava ouvindo bem. Ele, o Romeu, me chamando de meu amor com aquela voz doce.
Eu apenas neguei com a cabeça. Eu percebi que Arthur desmoronou. A pose de sarcástico e de menino mimado foi ao chão. Os dois primos que também exibiam um sorriso malicioso e provocador, ficaram perplexos.
Vendo que conseguia deixar os rapazes sem graça, Romeu virou-se para mim e acariciou o meu rosto com as suas mãos delicadas.