Amélia
Depois que saímos daquele lugar horrível, o cheiro de mofo e desespero ainda impregnado em minhas narinas, finalmente voltamos para a mansão de Inácio. O ar puro do lado de fora parecia um bálsamo, mas minha mente ainda estava em turbilhão.
Ainda estava em choque com tudo o que aconteceu. Também estava surpresa com a presença de Dimitri e Luna. Ela dizia ser minha amiga de infância, mas, por mais que eu me esforçasse, não conseguia me lembrar dela. Era como se uma parte da minha memória tivesse sido apagada.
— Então, o que faremos agora? — perguntei, sentada na sala de estar, observando Inácio, X9 e Xz, que pareciam estar em uma reunião de guerra.
Dimitri e Luna estavam ali também, mas mais afastados, observando.
— Precisamos mudar de casa, creio que virão atrás de nós, cedo ou tarde — disse Inácio, pensativo, passando a mão pelos cabelos.
— E para onde vamos? Eu quero voltar para a minha casa em Nova York, para a minha vida! — eu disse, a voz subindo, sentindo a frustração e