Ele passou a mão pelos cabelos, tentando organizar os pensamentos enquanto Sofia o observava, a expressão vulnerável cuidadosamente ensaiada.
— Sofia, não fale isso. Você sabe que não está comigo por causa de dinheiro. E se está, nunca demonstrou.
Ela forçou um sorriso, daqueles que mais doem do que confortam.
— Eu estou com você porque te amo, Arthur. Mas isso não muda a realidade. Eu sou só... uma mulher comum. Sem sobrenome, sem pedigree. Enquanto ela é... tudo o que esperam que você escolha.
Ele se aproximou dela, segurando seu rosto entre as mãos.
— A única coisa que esperam de mim é que eu continue com esse contrato fingindo estar feliz. Mas eu não quero isso. Com você eu me sinto... eu mesmo. Eu posso respirar.
Sofia baixou o olhar, os cílios escondendo a satisfação que a consumia por dentro. Estava funcionando. Tudo estava indo conforme o planejado.
— Eu sou o que te faz feliz, mas ela é o que te mantém seguro.
— Não é isso! — ele se apressou. — É complicado. Há contratos, aco