Capítulo 27.

O jantar começou leve. Conversaram sobre banalidades, riram de pequenas histórias do cotidiano, e Sofia finge surpresa com as manias dele como se fosse a primeira vez que o ouvia falar sobre seu medo irracional de palhaços ou sua obsessão por café colombiano. Ela o ouvia com os olhos fixos nos dele, como se cada palavra dele fosse fascinante. E Arthur se desarmava mais a cada minuto.

— Eu nunca me senti assim com alguém — ele confessou, após a sobremesa.

Sofia piscou devagar, inclinando o corpo sobre a mesa, a voz mais baixa, mais doce.

— Assim como?

— Leve. À vontade. Eu sei que pode soar bobo, mas... com você, tudo parece mais claro. Como se você enxergasse partes minhas que ninguém mais vê.

Ela sorriu, tocando a mão dele.

— Porque eu vejo, amor.

— Sofia, você é a minha vida.

— E você é a minha.

— Você é uma mulher espetacular, não merece passar pelo que está passando.

— Não estou entendendo onde você quer chegar, amor.

— Não vou suportar ter você como amante.

— Mas não sou sua ama
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