Capítulo 29.
Arthur ficou em silêncio. Ele não sabia mais o que dizer. Porque, no fundo, tudo o que Sofia falava era verdade. Mas ele também sabia que seu pai não o chamaria para uma conversa apenas para perguntar como ele estava. Quando seu pai ligava com urgência, era porque havia uma jogada maior por trás. E, geralmente, essa jogada envolvia a imagem da família, a empresa e contratos que valiam mais do que sentimentos.
O telefone vibrou de novo. Era outra mensagem, agora da secretária de seu pai:
“Seu pai marcou reunião às 14h. Presença obrigatória."
— Vai, Arthur. — Sofia se levantou, indo até o banheiro enquanto tirava a camisa dele, jogando-a no chão. — Vai à reunião. Descobre se ainda tem salvação para nós dois. Mas, por favor... dessa vez, volta com uma decisão. Não com mais desculpas.
Ele a encarou por um instante, depois se levantou e começou a se vestir em silêncio.
(...)
O prédio da holding da família de Arthur era frio, moderno, minimalista — um reflexo perfeito da figura de seu pai: