Capítulo 18.

Arthur estava encostado em seu carro preto, vestido com uma camisa social branca dobrada até os cotovelos e calça de alfaiataria. Os cabelos estavam levemente desalinhados, como se ele tivesse passado a mão neles algumas vezes demais.

Ao vê-la, endireitou-se, abrindo a porta do carro para ela.

— Você está linda — disse, com sinceridade e um olhar mais suave do que Rebeca esperava, abraçando-a.

— Obrigada — ela respondeu, mantendo o sorriso treinado que o pai havia exigido. — Estou sendo seguido por fotógrafos. — Ele falou baixo em seu ouvido.

— Eu já imaginava. — Rebeca respondeu, sorrindo como se Arthur tivesse falado algo banal.

Arthur assentiu quase imperceptivelmente e, com um leve toque em sua cintura, ajudou Rebeca a entrar no carro, no banco do passageiro, dando a volta no automóvel e sentando-se do lado do motorista.

O interior era espaçoso, elegante, com um leve aroma de couro novo misturado ao perfume amadeirado que ele usava. A porta do lado dele se fechou suavemente, abafa
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