LAURA
Era noite quando começou.
A princípio, pensou que fosse apenas mais um desconforto, como os que já vinha sentindo nos últimos dias. Mas quando a dor desceu com força pelas costas e explodiu no ventre, ela soube. Era hora.
A mansão estava silenciosa. Dominick dormia ao seu lado, exausto depois de dias organizando a segurança da casa, os novos contratos com aliados e a reconstrução de reputações. Ela tocou seu braço com delicadeza.
— Dominick…
Ele despertou na hora. Instinto.
— Aconteceu?
Ela assentiu. Os olhos marejados, mas firmes.
— Está vindo.
Ele a abraçou com força.
— Vou chamar a equipe.
— Rápido.
—
Em menos de vinte minutos, a ala médica foi ativada. Era discreta, escondida sob o segundo andar, equipada com tudo que a modernidade e a paranoia podiam prover. Obstetra particular, dois enfermeiros de confiança, Cristina ao lado, e Dominick ao fundo, de pé, vestindo preto, os punhos cerrados.
O herdeiro Santorini estava a caminho.
E nada seria como antes.
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DOMINICK
Ele já m